OS 7 JULGAMENTOS DIVINOS

Para Referência Bibliográfica:

OLIVEIRA, João Domingos Soares de, OS 7 JULGAMENTOS DIVINOS, Igreja Assembleia de Deus Ministério de Janaúba, postado dia 27 de outubro de 2019, disponível em: < https://admj.comunidades.net/os-7-julgamentos-divinos>, Acessado dia (xx), mês (xxxxx) de (xxxx).

 

INTRODUÇÃO

 

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Os Julgamentos Divinos são os Tribunais Celestiais, cujo Juiz é Cristo, onde Deus julga os seres humanos conforme o que foi tratado na respectiva dispensação. Dispensação é o ato dispensar. Que é administrar, ou distribuir, especialmente bens alheios. Nesse caso, Dispensação é um período em que Deus prova os seres humanos conforme a sua soberana vontade, para aquele período.

A presente matéria é elaborada segundo a visão da Linha Teológica “Luterana” ou “Dispensacionalista” ou “Pré-tribulacionista”. Acreditamos que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá “antes” da Grande Tribulação. Essa é a linha teológica adotada por mais 70% de tanto dos evangélicos, como dos seus teólogos.  Praticamente quase todos crentes pentecostais são “Luteranos”, entretanto, “Dispensacionalista” “Pré-tribulacionista”.

A Bíblia Sagrada revela sete Julgamentos Divinos, onde quatro deles são no pretérito, e três escatológicos. (Em outras palavras, 4 são passados, e 3 são futuros)

  1. O 4 JULGAMENTOS NO PRETÉRITO

Os 4 Julgamentos no pretérito, que chamados de julgamento históricos, ou do passado, são: 

 

  • Julgamento da Dispensação da Inocência;
  • Julgamento da Dispensação da Consciência;
  • Julgamento da Dispensação do Governo Humano; e
  • Julgamento da Dispensação do Homem sobre Promessas.

 

  1. OS 3 JULGAMENTO ESCATOLÓGICOS

Os 3 Julgamentos do futuro, que são os julgamentos escatológicos, são:

 

  • Julgamento da Dispensação da Lei (Julgamento das Nações);
  • Julgamento da Dispensação da Graça (Tribunal de Cristo);
  • Julgamento da Dispensação do Milênio (Juízo Final).

 

  1. OS 4 JULGAMENTOS NO PRETÉRITO

Pretérito (é uma palavra grega que significa “passado”). Então, os 4 julgamentos no passado, que são os julgamentos históricos. “Antes deles não tiveram ressurreições”. Porque só há ressurreição nos julgamentos escatológicos.

 

  • JULGAMENTO DA DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA

Havia uma principal exigência divina na Dispensação da Inocência que foi “não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gênesis 2: 17).

E a omissão humana foi “eles comeram do fruto proibido” (Gênesis 3: 1-7).

O Julgamento da Inocência ocorreu no final dessa Dispensação. É o julgamento mais famoso que houve. Tratava-se da prestação de contas de Adão e Eva com Deus. Cujo resultado foi suas expulsões do Jardim do Éden (Gênesis 3:8-19).

 

  • JULGAMENTO DA DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Havia quatro principais exigências divinas na Dispensação da Consciência, que são:

  • “A linhagem santa, descendência de Sete [o representante de Abel (Gênesis 4: 25)], um povo que invocava o nome do Senhor (Gênesis 4: 26), chamado de “Filhos de Deus”: “Não poderia misturar se casando com os filhos dos homens (a descendência ímpia de Caim)”. [Porque a expressão “filhos de Deus” na Bíblia Sagrada, diz respeito “exclusivamente” a um povo “humano” que tenha uma Aliança com o Todo Poderoso e faz a sua vontade – confira os 15 versículos bíblicos a seguir: (Gênesis 6:2; 1º Crônicas 29: 10; Oseias 1: 10; Isaias 63: 16; 64: 8; Mateus 5:9, 44; Marcos 11: 26; Romanos 8: 14, 16; 9; 8; 2ª Coríntios 6:18; Gálatas 4:6, 7; 1ª João 5:2). A pesar de os anjos serem criaturas de Deus, jamais eles são chamados de “filhos de Deus na Bíblia Sagrada” (Hebreus 1: 5). Até então, segundo Jesus Cristo, nunca que um anjo procuraria se casalar (Mt 22:30)].
  • Essa linhagem Santa teria que reservar um tempo para cultuar de Deus (Gênesis 4: 26), ou, estar diante da face do Senhor (Gênesis 4: 16)”;
  • “Essa linhagem santa precisava levar ao Senhor a sua oferta, parte do fruto de seu trabalho (Gênesis 4: 3, 4, 7)”;
  • “E essa linhagem santa precisava praticar o bem, para com, seu semelhante (Gênesis 4: 7)”;

 

OMISSÃO HUMANA DA LINHAGEM SANTA:

  1. Casaram-se com as filhas dos homens (a descendência ímpia de Caim) (Gênesis 6:2);
  2.   Não tinha tempo para Deus;
  3. Não ofertava mais ao Senhor, parte do fruto de seu trabalho;
  4. “E não conheciam mais o bem” Gênesis (6: 5),

 

Mas, em Gênesis (6: 3), Deus deu para eles um prazo de 120 dias para: se arrependerem e voltarem ao Senhor. Como não deram fruto, o fim daquela geração foi inevitável, através das águas do dilúvio.

Resultado do Julgamento da Dispensação da Consciência: Todos foram mortos, exceto, somente 8 pessoas que foram salvas, a saber: Noé, sua Esposa, seus 3 filhos e suas 3 noras. Os demais, toda população mundial, foi morta nas águas do dilúvio (Gênesis 7: 16 - 23).

 

  • JULGAMENTO DA DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO

 

Havia sete principais exigências divinas na Dispensação do Governo Humano, a saber:

  • Adorar (cultuar, ou invocar) a Deus [Gênesis 8: 20 (a)];
  • Ofertar ao Senhor, parte do fruto de seus trabalhos [Gênesis 8: 20 (b), 21];
  • Não matar o seu semelhante (Gênesis 9: 6);
  • Acreditar que não haveria mais outro dilúvio (Gênesis 9: 8-17);
  • Frutificar multiplicar (Gênesis 9: 1, 7);
  • Encher a terra (Gênesis 9: 1, 7);
  • E Os filhos de Deus (Descendência de Sete) não poderiam se misturar com os filhos, ou filhas dos homens (Descendência de Caim).

 

Omissão, para com Deus, dos pós-diluvianos na Dispensação do Governo Humano:

 

  • Deus não era mais adorado: porque em Babel, iniciou as primeiras atividades idólatras, “Ninrode” e seu “filho” passaram a ser adorados no lugar de Deus (Gênesis 10 8);
  • Em vez de o povo ofertar ao Senhor, contribuiu com a construção de Babel (Gênesis 11: 3);
  • Não há registro de assassinatos nessa época, mas com certeza haveria;
  • Desacreditaram em Deus, que prometeu “não haver outro dilúvio” e com medo de um suposto dilúvio é que construíram uma torre que toque no céu (Gênesis 11: 4);
  • E em rebeldia, contra o Senhor, não quiseram “encher a terra”, mas ficar em um só lugar, em Babel, para facilitar a fuga, caso haver outro dilúvio (Gênesis 11: 4);

E filhos de Deus (Descendência de Sete) se misturar com os filhos, ou filhas dos homens (Descendência de Caim) (Gênesis 11: 6).

 

Resultado do Julgamento do Governo Humano “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade” (Gênesis 11: 7,8).

 

  • JULGAMENTO DA DISPENSAÇÃO DO HOMEM SOBRE PROMESSAS

 

Havia seis principais exigências divinas na Dispensação do Homem sobre Promessas, a saber:

 

 

Mas, pelo fato da venda de José, pelos seus irmãos, que foi parar no Egito. Lugar que não era permitido por Deus para eles ficarem (Gênesis 13: 1). Mas que acabou com toda família abraâmica ficando na nação incircuncisa egípcia (Gênesis 47: 1). E no Egito foi morrendo aos poucos: O culto e as contribuições a Deus; Eles não estavam em Canaã, estava no Egito onde o Faraó tinha tomado Sara de Abraão; E estavam vivendo com um povo incircunciso.

OBSERVAÇÃO: Os cananeus (o pessoal de Canaã) eram também incircuncisos como os egípcios, mas o plano de Deus era acabar com todos eles (os cananeus), e ficarem somente os israelitas, um povo circuncidados. Mas, essa circuncisão não é como a dos muçulmanos, que circuncidam também as mulheres (para não ter prazer sexual).

Resultado do julgamento da Dispensação do Homem sobre Promessas: Toda a descendência de Abraão acabou como escravos no Egito (Êxodo 1)

 

  1. OS 3 JULGAMENTO ESCATOLÓGICOS

 

Os 3 Julgamentos do futuro, que são os julgamentos escatológicos. Diferentes dos julgamentos históricos, eles são precedidos de ressurreições.

 

  • JULGAMENTO DA DISPENSAÇÃO DA LEI

 

O Julgamento da Dispensação da Lei “ou Julgamento das Nações” não era para ser escatológico, visto que, não estamos mais no Antigo Testamento. Ele era já para ter acontecido. Mas, lendo o Livro de Daniel (9: 24 -27), com a Morte de Jesus Cristo e com o nascimento da Igreja, foi colocado uma pausa na Dispensação da Lei, faltando sete anos “a Grande Tribulação”.

Assim, faltam sete para cumprir o Antigo Testamento. Esses sete anos iniciar-se-ão com a tirada da igreja da terra. (1ª Tessalonicenses 1: 10; 2ª Tessalonicenses 2:7; Apocalipse 3: 10). Pois foi realmente o nascimento da igreja que impediu o seu estabelecimento.

Somente após esses sete anos, a Grande Tribulação que ocorrerá o Julgamento da Dispensação da Lei. Segundo nossa linha teológica, ele ocorrerá sete anos depois do Tribunal de Cristo, o julgamento da Dispensação da Graça. Porque é como disse Jesus: os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros.

Leiamos sobre a ressurreição que precede esse julgamento, Daniel (12: 1,2):

E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.

Leiamos sobre o respectivo julgamento, Mateus (25: 31-33):

E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.

Resultado do Julgamento da Dispensação da Lei: Uns adentrarão para Milênio e outros certamente morrerão, mesmo que acaba de ressuscitar.

 

  • JULGAMENTO DA DISPENSAÇÃO DA GRAÇA

 

O Julgamento da Dispensação da Graça é o Tribunal de Cristo. O que é? Tribunal de Cristo [Do grego é Bématostou Chiristou]. E significa, Corte de Justiça de Retribuição. Este Tribunal será inaugurado logo após o Arrebatamento da Igreja. Ele tem Jesus Cristo como Juiz; e ocupar-se-á do julgamento dos santos quanto ao serviço divino. Confira: “Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do Tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou o bem ou o mal”, (2ª Co 5: 10). Em este julgamento só serão julgados os salvos, o mesmo não consiste condenação - O seu objetivo é recompensar o serviço, ou a prática dos fieis na igreja aqui na terra. Portanto, só serão julgados as obras.

Onde será? Não será na terra. Tudo indica que também não será no Céu. Mas como as coisas no AT eram sombras dos bens futuros e não a imagem exata das coisas (Hb 10: 1; Cl 2: 17) - E os julgamentos sempre acorriam nas portas das cidades (Jó 29:7; Rt 4: 1, 10,11) – Pode ser que o Tribunal de Cristo, ocorrerá na entrada, ou na porta do 3º Céu.

Para que? Tudo o que fazemos com fé e amor na Obra de Deus, como por exemplos: contribuições financeiras, evangelismos, visitas, mão de obra nas construções, ajudas, orações, pregações, louvores e etc., nós receberemos galardões. Eles são recompensas e são valiosíssimos. Mas tudo isto sendo executado somente para alguém ver, forçado, ou só para conseguir uma retribuição aqui neste mundo; perdemos o nosso galardão. E, todavia, vamos depender do galardão lá no Céu para assim podermos servir melhor a Cristo. Eles vão nos habilitar para executar com Cristo os cargos celestiais. Esta é a vontade de Deus para conosco (1ª Co 3: 11 – 15). Lembrem-se, a salvação não é pelas obras, mas os galardoes são.

 

  • JULGAMENTO DA DISPENSAÇÃO DO MILÊNIO

Julgamento da Dispensação do Milênio trata-se do “Juízo Final”. O que é? Trata-se do Julgamento final e universal que começa pelos inimigos das nossas almas: Satanás e os demônios, em seguida todo ser humano desde Adão até aquele dia (Ap 20: 11 – 15). Lembrando que a igreja já fora julgada no Tribunal de Cristo. O Juízo Final será para: satã, os anjos caídos (os demônios), os ímpios (de toda a história da humanidade) e os milenistas (a população do Milênio). A Igreja estará julgando com Cristo neste julgamento (1ª Co 6:2, 3).

Como será o Juízo Final? Jesus Cristo será o Juiz (Jo 5: 22) - Ao aparecer o Grande Trono Branco, fugirá a terra e o céu: não terá terra e nem céu. Isto significa que não tem como tentar fugir – Ocorrerá uma grandíssima Ressurreição, a maior de todas. Não importa aonde, como e quando o indivíduo faleceu; naquele dia, milagrosamente, ele ressurgirá - E, todavia, abrir-se-ão os LIVROS. Serão pelo menos três livros:

  1. A Bíblia Sagrada (Jo 12: 48);
  2. O Livro da Vida, onde Deus registra os nomes dos seus filhos espirituais, (Fl 4: 3);
  3. O Livro das Obras, onde Deus registra todo, inclusive nossas atitudes, (Sl 139: 16). Todos serão julgados segundo os livros;

E todo aquele que não for achado o seu nome escrito no Livro da Vida, serão lançado no Lago de fogo. Esta é a segunda morte, onde jamais terão uma oportunidade.

Assim começa a eternidade

 

HOJE CRISTO É O ÚNICO ADVOGADO PARA ESTE TIPO DE CAUSA (1ª Jo 2:1, 2). NO JUIZO FINAL NÃO TERÁ ADVOGADO.